Jogos cooperativos:
Historia
Para Orlick (1989) os Jogos
Cooperativos surgiram a milhares de anos atrás, quando os membros das
comunidades tribais se uniram para celebrar a vida. Alguns povos ancestrais e mesmo
índios norte-americanos e brasileiros tinham um modo de vida cooperativo.
Conclui-se que os Jogos
Cooperativos de forma consciente ou inconsciente, sempre existiram, faltavam sistematizá-los
para fins educativos.
Sua sistematização ocorreu por
volta dos anos
50 nos Estados Unidos, por meio
de experiências pioneiras de Ted Lentz e dai expandiu-se para vários países.
De acordo com Brotto (2001,
p.45)
Os Jogos Cooperativos surgiram
da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição
exacerbada, na sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental.
Considerada como um valor natural e normal na sociedade humana, a competição tem
sido adotada como
uma regra em praticamente todos
os setores da
vida social. Temos competido em lugares,
com pessoas e em momentos que não precisaríamos, e muito menos, deveríamos.
Temos agido assim como se essa fosse a única opção.
Conceito e objetivo
Brotto (2001) afirma que um
dos objetivos principais dos Jogos Cooperativos é gerar a harmonia nas diferenças, pois
ao se respeitar
os limites do
outro, superamos a
barreira do individualismo e nos
conscientizamos de que é possível viver bem com as divergências.
“Na escola, é preciso resgatar
os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, defendem o
compromisso da solidariedade e respeito humano, a compreensão de que jogo se faz
“a dois”, e de que é diferente jogar “com” o companheiro e jogar “contra” o adversário”
(COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.
71).
Considerando uma
sociedade cuja vida
cotidiana se explica
pelas relações de competição (compete-se na rua, no trabalho, nos espaços de recreação, na
educação...), onde se desenvolveu uma
visão fragmentária do mundo,
segundo o qual
não podemos assumir nossas vidas
como sendo comum,
nossos problemas como
sociais, nossas tristezas
como coletivas.
Os jogos cooperativos apresentam-se como uma
possibilidade subjetiva que permite a experiência de sentir que a felicidade, a
alegria e o prazer podem existir sem que precise ser derrotado o
outro; uma possibilidade
que elimina o
binômio
ganhadores-perdedores com o qual rotulam nossa vida (BARREIRA apud
BROWN 1994).
Englobando os princípios do
jogar, o jogo cooperativo apresenta-se por Brown (1994),
“... como a
participação de todos,
sem que alguém
fique excluído...” , onde o
objetivo e a diversão
estão centrados a
metas coletivas e
não individuais. Para o
referido autor a experiência do jogo cooperativo, acontece
através do riso compartilhado.
JOGOS COOPERATIVOS possuem no
seu âmago de desenvolvimento a COOPERAÇÃO.
São atividades de
compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos com pouca
preocupação com o fracasso e o sucesso em si mesmos. Os jogos cooperativos reforçam
a confiança em si mesmo e nos outros, propiciando uma participação autêntica,
fazendo com que o ganhar e o perder sejam, apenas, referências para o
crescimento pessoal e coletivo.
Através dos jogos
cooperativos, crianças e adolescentes “descobrem” outras possibilidades:
regras, aprendizagem e educação, a ajuda, a solidariedade, a compreensão, o
lúdico. A disputa e a competição podem ser confrontadas, abrindo-se uma
possibilidade de inserção da
COOPERAÇÃO – ONDE TODOS
GANHAM.
A UNESCO coloca como alguns
dos valores essenciais para a paz e a convivência ecológica entre as pessoas:
respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, escutar para compreender,
preservar o planeta, redescobrir a solidariedade. Esses e outros valores como:
união, amor, colaboração, bondade, paz, responsabilidade, organização, inclusão
ética, são trabalhados através das VIVÊNCIAS COOPERATIVAS.
Os JOGOS COOPERATIVOS (VIVÊNCIAS
COOPERATIVAS) permitem o desenvolvimento do viver e do conviver em grupo, do
aprender para cooperar e do cooperar para aprender, exercitando o compartilhar
como instrumento de crescimento pessoal.
A proposta da cooperação é que
as pessoas possam fazer as coisas conjuntamente, que possam “com partilhar”
situações, sentimentos, sensações, momentos, encontros. Que a cooperação seja
também um exercício de “com vivência”, e que tudo esteja sempre dentro de uma
“comum unidade”
Diferença entre jogos cooperativos e competitivos:
Segundo Terry Orlick, "a
diferença principal entre Jogos Cooperativos e competitivos é que nos Jogos
Cooperativos todo mundo coopera e todos ganham, pois tais jogos eliminam o medo
e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a confiança em si mesmo, como
uma pessoa digna e de valor."
Jogos Cooperativos - Jogos
Competitivos
Visão que “Tem para
todos” -
Visão que “só tem para um”
Objetivos comuns - Objetivos
exclusivos
Ganhar COM o outro - Ganhar DO outro
Jogar COM - Jogar CONTRA
Confiança Mutua - “Des – Confiança” / Suspeita
Todos FAZEM parte- Todos À parte
Descontração / Atenção- Preocupação /
Tensão
Solidariedade- Rivalidade
Diversão para TODOS - Diversão às custas de alguns
A Vitória é garantida e
compartilhada - A Vitória é uma ilusão
Vontade de continuar
jogando - Pressa para acabar com o Jogo
Tipos de jogos
• Jogos de Quebra-Gelo, Ativadores e de
Integração
Ser pessoal; Proporcionar um
Espaço seguro; Respeitar as pessoas; Negociar apenas o que for negociável;
Generalizar, sem entrar em detalhes; Ser flexível; Ser um canal de sustentação
da cooperação; Mostrar que percebeu distúrbios
• Jogos de Toque e Confiança
Perceber os processos
psicológicos dos participantes; Dar suporte para irem mais fundo;
Delegar responsabilidade;
Preparar-se para mudanças; Foco no objetivo; Ser um canal de sustentação da
cooperação; Evitar dar soluções
• Jogos Criatividade e Reflexão
Encorajar positividade e busca
de soluções; Usar ferramentas que possam aplicar no dia-a-dia; Reforçar o
suporte do grupo; Ser um canal de sustentação da cooperação; Evitar começar um
novo assunto.
• Jogos de Fechamento
Deixar claro que o treinamento
terminou; Evitar continuar com assuntos anteriores; Ser um canal de sustentação
da cooperação; Por os “pés do grupo” no chão; Terminar com uma nota positiva;
Trabalhar participantes que ficaram com questões pessoais...
Exemplo de Jogo de quebra gelo
/ ativadores/ integração
Dinâmica do Delegado
Material Necessário: Nenhum
Objetivo: Atenção, observação
e detalhamento
• Dividir o grupo em duplas
• Cada integrante da Dupla observa bem a outra
pessoa e vice versa
• Os dois viram de costas e cada um faz alguma
mudança no visual. Pode ser tirando
um anel, trocando relógio de
lugar, desamarrando sapato, prendendo o cabelo etc...
• Os dois se voltam um de frente pra o outro e
cada um tem que adivinhar o que
mudou.
• Para terminar, abrir para compartilhar
sensações, idéias, etc...
Conclusão
Em nossas vidas, aprendemos
que tudo o que é bom, sempre acaba. Mas dentro do jogo cooperativo, só acaba
quando o grupo achar que chegou o momento, ou então, quando os desafios forem
todos vencidos, e não quando um perde e o outro ganha.
No Jogo cooperativo, podemos
ficar jogando o mesmo jogo de diversas formas, desde que isso seja divertido
para todos.
Muito boom, valew Gabriel!
ResponderExcluirRealmente muito bom poder ter a historia da cooperação para auxiliar nos estudos valeu mesmo
ResponderExcluirMuito legal,a cooperação faz parte de nossas vidas.
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK DEITO MLK !
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