quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cultura Indígena_ Matéria para Prova

JOGOS E BRINCADEIRAS DA CULTURA INDÍGENA
DOUGLAS CASADO DA SILVA
FERNANDA BOZZA DA COSTA
VITOR HUGO SCREMIN DOS SANTOS
VITÓRIA GABRIELA RAPASSI

Recordando a História
 A presença dos índios no território brasileiro é muito anterior ao processo de ocupação estabelecido pelos exploradores europeus que aportaram em nossas terras.
ž  Do ano de 1500, momento da chegada dos europeus, até os dias atuais, a população indígena diminuiu drasticamente, de três a cinco milhões de índios para, atualmente, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), 358 mil índios.
ž  Mesmo depois dos povos indígenas terem passado pelo processo de conquista e extermínio, eles nos deixaram diversas práticas culturais.
    Dentre essa herança cultural, vamos destacar os jogos e brincadeiras, que além do lado lúdico, também desvendam nossas origens.
    Configura-se aqui, um convite à leitura de saberes da terra, trazendo-nos imagens e conhecimentos no âmbito da cultura, da história e da memória ancestral indígena.

O “brincar” indígena
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Seja no recôndito das matas ou nas bordas dos centros urbanos faz-se ecoar um chamamento às raízes, trazido pelo brincar.
      Seja no universo das águas, fantástico, mágico, com gravetos, cipós, sementes e rabiscos no chão, vemos surgir a criança indígena brincando livremente, construindo sua história e demarcando sua pertença identitária.  
ž  Os índios possuem muitos jogos e brincadeiras. Alguns são bastante conhecidos por vários povos indígenas e outros também são comuns entre os não índios, como a peteca. Já outros são curiosos e originais.
    Existem brincadeiras que só as crianças jogam, outras que os adultos jogam junto e assim ensinam as melhores técnicas. Têm brincadeiras apenas masculinas, e outras femininas.
    Conheça agora algumas dessas brincadeiras.

PETECA
Essa brincadeira indígena é muito parecida com uma partida de “queimada” – mas há algumas diferenças: troca-se a bola por meia dúzia de tobdaés (“Peteca” dos Xavantes); não existe um campo definido por linhas no chão; e, no lugar das duas equipes, dois adversários disputam a partida. Cada jogador começa a partida com uns três tobdaé nas mãos. Ao mesmo tempo em que faz seus lançamentos, precisa fugir dos arremessos do adversário para não ser queimado. Esse “corre e pega” só termina quando uma pessoa é atingida por um dos tobdaé do outro. A pessoa “queimada” sai do jogo e dá a vez para um novo jogador, e a disputa recomeça.

ARCO E FLECHA E BALADEIRA (estilingue)
ž  Antigamente as crianças brincavam muito de arco e flecha e de baladeira. Porfiavam principalmente em duas situações: para ver quem "balava" mais passarinho, ou para ver quem flechava mais calango.
     Para confeccionar a baladeira as crianças usavam a seguinte estratégia: apanhavam uma tala de uma folha de árvore, tipo talo de mamão, que tem um orifício. Tampavam um lado e enchiam de látex. Deixavam secar e depois retiravam o fio grosso de borracha para fazer o brinquedo.
     As flechas e os arcos eram confeccionadas por eles, ensinados pelos pais e avós. Usavam o talo de buriti para confeccioná-los. As crianças juntavam-se e treinavam, procurando melhorar a pontaria. Para treinar, matavam os calangos.

CORRIDA COM TORA
ž  Essas atividades são realizadas sempre com duas toras praticamente iguais. Os participantes se dividem em dois grupos de corredores “rivais”, cabendo apenas a um atleta de cada grupo carregar a tora, revezando-se em um mesmo percurso. As corridas se realizam no sentido de fora para dentro da aldeia, nunca de dentro para fora, ou mesmo dentro dela, quando estabelecem os pontos de largada e chegada no pátio de uma casa chamada woto, uma espécie de oca preparada para todas as atividades culturais, sociais e políticas.
ž  É realizada ao amanhecer e ao entardecer. As corridas vindas de fora acontecem geralmente no final das tardes. A corrida de tora é praticada nos rituais, festas e brincadeiras. Nesses casos, as toras podem representar símbolos mágicos-religiosos, como durante o ritual do Porkahoks, que simboliza o fim do luto pela morte de algum membro da comunidade. Pela manhã, a corrida ganha um sentido de ginástica para a preparação do corpo. Corre-se apenas com as toras já usadas ao redor das casas, no sentido contrário do relógio.

 XIKUNAHITY (FUTEBOL DE CABEÇA)
     É uma espécie de futebol, em que o chute só pode ser dado usando a cabeça. É disputado por duas equipes que podem possuir oito, dez ou mais atletas e um capitão. É realizada em campo de terra batida, para que a bola ganhe impulso. O tamanho do campo é semelhante ao de futebol, e conta com uma linha demarcatória ao centro, que delimita o espaço de cada equipe.

     A partida tem início quando dois atletas veteranos, um de cada equipe, dirigem-se ao centro do campo para decidir quem irá lançar a bola ao outro, que deverá rebatê-la. Isto é decidido por meio de diálogo e a partida inicia com a primeira cabeçada para o campo adversário, a ser recepcionada por um dos atletas com a cabeça. Após isso, os dois atletas deixam o campo, e não realizam outra atividade durante o jogo inteiro.
ž  Na disputa, a bola não pode ser tocada com as mãos, pés ou outra parte do corpo, mas pode tocar o chão, antes de ser rebatida pela outra equipe.
     Os atletas Parecis se atiram e mergulham com o rosto rente ao chão, livrando o nariz de tocar o solo, o que provoca uma certa violência no "chute" de cabeça e demonstram toda a habilidade, destreza e técnica necessárias na recepçãoo e arremesso da bola. A equipe marca pontos quando a bola não é devolvida pelos adversários, ou seja, quando deixa de ser rebatida. Quanto maiores as habilidades dos atletas que compõem as equipes, mais acirradas são as disputas, podendo durar até mais de quarenta minutos.

CABO DE GUERRA
ž  Modalidade praticada para medir a força física, o cabo de guerra é muito aceito entre as etnias participantes de todas as edições dos Jogos, como atrativo emocionante, que arranca manifestação da torcida indígena e do público em geral.
     Permite a demonstração do conjunto de força física e técnica, que cada equipe possui. É uma das provas mais esperadas pelos atletas, pois muitas equipes treinam intensamente em suas aldeias, puxando grandes troncos de árvores. Isso porque, para os indígenas a força física é de suma importância, dando o caráter de destaque e reconhecimento entre todos. Na preparação de seus guerreiros, os índios sempre procuraram meios de desenvolver e medir a coragem e os limites de sua capacidade na força física. É realizada desde os I Jogos por atletas, com a participação de homens e mulheres.
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Estas são somente algumas das várias brincadeiras e jogos da Cultura Indígena.
ž  Fora as citas anteriormente, segue-se aqui uma lista das principais:
   *Canoagem                         *Sol e Lua
    *Futebol                              *Cabas (Maë)
    *Atletismo (100 metros)    *Gavião e Galinha
    *Luta Corporal                   *Melancia
    *Natação                            *Briga de Galo
    *Zarabatana                       *Curupira
    *Natação                            *Pirarucu
    *Rônkrâ                             *Arranca Mandioca
    *Pião                                   *Perna de Pau
    * (...)
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“Os Jogos Indígenas simbolizam o corpo em movimento. Um corpo que ri, que festeja, dança a dança do corpo, fazendo fluir a energia, a alegria, a ciência, enfim, a vida que pede passagem e lugar para todos na sociedade.”

(CUYABANO, Emília. 2010, p.15)

BOA PROVA PESSOAL!!!

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