JOGOS E
BRINCADEIRAS DA CULTURA INDÍGENA
DOUGLAS CASADO DA
SILVA
FERNANDA BOZZA DA
COSTA
VITOR HUGO
SCREMIN DOS SANTOS
VITÓRIA GABRIELA
RAPASSI
Recordando a História
A presença dos índios no território brasileiro
é muito anterior ao processo de ocupação estabelecido pelos exploradores
europeus que aportaram em nossas terras.
Do ano de 1500, momento da chegada dos
europeus, até os dias atuais, a população indígena diminuiu
drasticamente, de três a cinco milhões de índios para, atualmente, segundo a
FUNAI (Fundação Nacional do Índio), 358 mil índios.
Mesmo depois dos povos indígenas terem
passado pelo processo de conquista e extermínio, eles nos deixaram
diversas práticas culturais.
Dentre essa herança cultural, vamos destacar os jogos e brincadeiras,
que além do lado lúdico, também desvendam nossas origens.
Configura-se aqui, um convite à leitura de saberes da terra,
trazendo-nos imagens e conhecimentos no âmbito da cultura, da história e da
memória ancestral indígena.
O “brincar” indígena
Seja no recôndito das matas ou nas bordas dos
centros urbanos faz-se ecoar um chamamento às raízes, trazido pelo brincar.
Seja no universo das águas, fantástico, mágico, com gravetos, cipós,
sementes e rabiscos no chão, vemos surgir a criança indígena brincando
livremente, construindo sua história e demarcando sua pertença
identitária.
Os índios possuem muitos jogos e brincadeiras.
Alguns são bastante conhecidos por vários povos indígenas e outros também são
comuns entre os não índios, como a peteca. Já outros são curiosos e originais.
Existem brincadeiras que só as crianças jogam, outras que os adultos
jogam junto e assim ensinam as melhores técnicas. Têm brincadeiras apenas
masculinas, e outras femininas.
Conheça agora algumas dessas brincadeiras.
PETECA
Essa brincadeira indígena é muito
parecida com uma partida de “queimada” – mas há algumas diferenças: troca-se a
bola por meia dúzia de tobdaés (“Peteca” dos Xavantes); não existe um
campo definido por linhas no chão; e, no lugar das duas equipes, dois
adversários disputam a partida. Cada jogador começa a partida com uns três
tobdaé nas mãos. Ao mesmo tempo em que faz seus lançamentos, precisa fugir dos
arremessos do adversário para não ser queimado. Esse “corre e pega” só termina
quando uma pessoa é atingida por um dos tobdaé do outro. A pessoa “queimada”
sai do jogo e dá a vez para um novo jogador, e a disputa recomeça.
ARCO E FLECHA E
BALADEIRA (estilingue)
Antigamente as crianças brincavam muito de
arco e flecha e de baladeira. Porfiavam principalmente em duas situações: para
ver quem "balava" mais passarinho, ou para ver quem flechava mais
calango.
Para confeccionar a baladeira as crianças usavam a seguinte estratégia:
apanhavam uma tala de uma folha de árvore, tipo talo de mamão, que tem um orifício.
Tampavam um lado e enchiam de látex. Deixavam secar e depois retiravam o fio
grosso de borracha para fazer o brinquedo.
As flechas e os arcos eram confeccionadas por eles, ensinados pelos pais
e avós. Usavam o talo de buriti para confeccioná-los. As crianças juntavam-se e
treinavam, procurando melhorar a pontaria. Para treinar, matavam os calangos.
CORRIDA COM TORA
Essas atividades são realizadas sempre com
duas toras praticamente iguais. Os participantes se dividem em dois grupos de
corredores “rivais”, cabendo apenas a um atleta de cada grupo carregar a tora,
revezando-se em um mesmo percurso. As corridas se realizam no sentido de fora
para dentro da aldeia, nunca de dentro para fora, ou mesmo dentro dela, quando
estabelecem os pontos de largada e chegada no pátio de uma casa chamada woto,
uma espécie de oca preparada para todas as atividades culturais, sociais e
políticas.
É realizada ao amanhecer e ao entardecer. As
corridas vindas de fora acontecem geralmente no final das tardes. A corrida de
tora é praticada nos rituais, festas e brincadeiras. Nesses casos, as toras
podem representar símbolos mágicos-religiosos, como durante o ritual do
Porkahoks, que simboliza o fim do luto pela morte de algum membro da
comunidade. Pela manhã, a corrida ganha um sentido de ginástica para a
preparação do corpo. Corre-se apenas com as toras já usadas ao redor das casas,
no sentido contrário do relógio.
XIKUNAHITY (FUTEBOL DE CABEÇA)
É uma espécie de futebol, em que o chute só
pode ser dado usando a cabeça. É disputado por duas equipes que podem possuir
oito, dez ou mais atletas e um capitão. É realizada em campo de terra batida,
para que a bola ganhe impulso. O tamanho do campo é semelhante ao de futebol, e
conta com uma linha demarcatória ao centro, que delimita o espaço de cada
equipe.
A partida tem início quando dois atletas veteranos, um de cada equipe,
dirigem-se ao centro do campo para decidir quem irá lançar a bola ao outro, que
deverá rebatê-la. Isto é decidido por meio de diálogo e a partida inicia com a
primeira cabeçada para o campo adversário, a ser recepcionada por um dos
atletas com a cabeça. Após isso, os dois atletas deixam o campo, e não realizam
outra atividade durante o jogo inteiro.
Na disputa, a bola não pode ser tocada com as
mãos, pés ou outra parte do corpo, mas pode tocar o chão, antes de ser rebatida
pela outra equipe.
Os atletas Parecis se atiram e mergulham com o rosto rente ao chão,
livrando o nariz de tocar o solo, o que provoca uma certa violência no
"chute" de cabeça e demonstram toda a habilidade, destreza e técnica
necessárias na recepçãoo e arremesso da bola. A equipe marca pontos quando a
bola não é devolvida pelos adversários, ou seja, quando deixa de ser rebatida.
Quanto maiores as habilidades dos atletas que compõem as equipes, mais
acirradas são as disputas, podendo durar até mais de quarenta minutos.
CABO DE GUERRA
Modalidade praticada para medir a força
física, o cabo de guerra é muito aceito entre as etnias participantes de todas
as edições dos Jogos, como atrativo emocionante, que arranca manifestação da
torcida indígena e do público em geral.
Permite a demonstração do conjunto de força física e técnica, que cada
equipe possui. É uma das provas mais esperadas pelos atletas, pois muitas
equipes treinam intensamente em suas aldeias, puxando grandes troncos de
árvores. Isso porque, para os indígenas a força física é de suma importância,
dando o caráter de destaque e reconhecimento entre todos. Na preparação de seus
guerreiros, os índios sempre procuraram meios de desenvolver e medir a coragem
e os limites de sua capacidade na força física. É realizada desde os I Jogos
por atletas, com a participação de homens e mulheres.
Estas são somente algumas das várias
brincadeiras e jogos da Cultura Indígena.
Fora as citas anteriormente, segue-se aqui uma
lista das principais:
*Canoagem *Sol e Lua
*Futebol *Cabas (Maë)
*Atletismo (100 metros) *Gavião e Galinha
*Luta Corporal *Melancia
*Natação *Briga de Galo
*Zarabatana *Curupira
*Natação *Pirarucu
*Rônkrâ *Arranca Mandioca
*Pião *Perna de
Pau
* (...)
“Os Jogos Indígenas simbolizam o corpo em
movimento. Um corpo que ri, que festeja, dança a dança do corpo, fazendo fluir
a energia, a alegria, a ciência, enfim, a vida que pede passagem e lugar para
todos na sociedade.”
(CUYABANO, Emília. 2010, p.15)
BOA PROVA PESSOAL!!!
Fernanda muitoo bom ... obrigado e bora estuda ;)
ResponderExcluirvaleu fernanda...
ResponderExcluirEsse "xikunahity" é muito looko; só não pode jogar com coco! ;P kkkkkkkkk
ResponderExcluirValew Feer. :)
otimo trabalho Fer, obrigado
ResponderExcluirboa fernanda! bora estuda galera !
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